A aritimética do universo

Certamente algo foi, está e sempre será calculado

Por uma complexidade, sob uma ótica tão sapiente

Que enlouquece os simplórios designados da racionalidade

Ah, a racionalidade, esse nível baixo de encaixe

Tudo precisando de entendimento, para não enlouquecer

Só se sabe que nesses cálculos complexos

Sofrimento e silêncio se enamoram, para se chegar a honra

O resultado da conformidade de todos os absurdos

As relações humanas, insustentáveis equações

Tão enganosas, suas somas e subtrações

Ah, as subtrações, quanto perdemos nessas contas?

A vida vai se multiplicando em fatos,

Os relatos varias vezes confundem

Esse universo, um cálculo tão distante,

Que apenas a arte chega perto de um resultado

Sem nenhum direito à prova dos nove

Talvez o "oito deitado" seja o resultado, talvez metade do resultado

Certamente se pusermos uma fração do que queremos

Nosso denominador possa se denominar menos, com tanta dor

Tanta dúvida, tanta inquietação, ao quadrado, ao cubo

Tanta equação e inadequação, para não gostar do resultado,

Nem querer saber a resposta, vai dar zero.

Tanta formulação, para ter razão de não se explicar

Mas a matemática que eu não consigo entender explica o universo

Explica a mim mesmo, em absoluta potência vezes zero

Deixo aqui a conta pela metade, outro há de resolver

Talvez nem esteja aqui mais vivo quando isso acontecer

Mas desses números de horas, dias, anos e décadas

Não chego a resultado nenhum, fica assim apenas o oito deitado

Só o silêncio do orgulho flagelado, de que nada mais além de mim

Sabe da vontade de calcular...