Abismos Interiores

Sou luz adormecida,

pálida esquecida,

em universos atômicos

que estagnam anseios,

entre sucursais e veios

onde se arranham

células e sangue.

Sou fera aprisionada,

ferida, acuada

em espirais de silêncios,

seguindo a beira da estrada

tentando não me perder.

Onde fica a porta

desse universo solto,

que balança a minha volta

e me traz tantas dúvidas

que dormem no olhar

sem razão de acordar?

Sonho as respostas

despostas dentro de mim,

entre questões da existência,

geminando as essências

e os porquês da minha dor,

quando as preces são só súplicas.

Ainda que a noite vague sem fim,

vestindo mortos sorrisos

sobre a pele dilacerada

e pseudo clama

sem que me vejam

em verdade a alma.

Caminham entre dores

os meus interiores.

Revolucionam as cores

como matéria escura...

Indefinidos buracos negros.

Meus segredos!

Abismos de um mundo

de idioma desconhecido,

que machuca-me as mãos,

ao arranhar portas

sem obter respostas.

Aliam-se entre medos

onde a luz pede socorro.

Cada instante me aprofundo

no sonho onde morro.

Mas,

Onde ficam as saídas dos

abismos dos meus poços?

Gigio Jr & Rita São Paulo

Direitos Reservados.

GigioJr e Rita São Paulo
Enviado por GigioJr em 24/09/2016
Reeditado em 24/09/2016
Código do texto: T5771018
Classificação de conteúdo: seguro
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