Noite esquecida
Na borda do precipício
Afundei-me em sonhos
Esquecidos e lembrados
Talvez apenas desejei
Tê-los em mim sonhado!
Ruazinhas enfadonhas, pecados desalinhados
Pedras soltas na muralha da vida
-A mortalha jaz vazia, ao teu lado !
Copos vazios, caem perdidos
Por entre pernas desnudas
Apalpo pedaços do teu corpo
Que teimam em voar…
Relativamente à escrita
Estreitamente cinjo-me
Navegando nos regos enviesados
Dos dejectos restantes da noite…
Passam por mim sonhos e desejos
Jazem restos humanos
Decadentes nas esquinas…
Amargo fel, que se ensaia na boca
Ontem receptáculo de beijos,
Agora amarga, repleta de areia
E um cheiro intenso
Ao fétido álcool…
Jazem na borda de casa,
Mesmo ali ao lado,
Os sonhos e o pecado…
Alberto Cuddel®
In: O silêncio que a noite traz - 9
Na borda do precipício
Afundei-me em sonhos
Esquecidos e lembrados
Talvez apenas desejei
Tê-los em mim sonhado!
Ruazinhas enfadonhas, pecados desalinhados
Pedras soltas na muralha da vida
-A mortalha jaz vazia, ao teu lado !
Copos vazios, caem perdidos
Por entre pernas desnudas
Apalpo pedaços do teu corpo
Que teimam em voar…
Relativamente à escrita
Estreitamente cinjo-me
Navegando nos regos enviesados
Dos dejectos restantes da noite…
Passam por mim sonhos e desejos
Jazem restos humanos
Decadentes nas esquinas…
Amargo fel, que se ensaia na boca
Ontem receptáculo de beijos,
Agora amarga, repleta de areia
E um cheiro intenso
Ao fétido álcool…
Jazem na borda de casa,
Mesmo ali ao lado,
Os sonhos e o pecado…
Alberto Cuddel®
In: O silêncio que a noite traz - 9