_________________________PRECE AVESSA
_ Ele sente medo quando dorme! Ele sente medo quando dorme!
Repetia a voz incessante na cabeça...
E disse como quem ora - aos sussurros -,
voz embebida de angústia aos ouvidos dela.
_ Ele sente medo quando dorme! -.
E veio na rede dos tímpanos,
refletida em sangue - a voz -.
E já nos salões das costelas,
continuou a repetir,
_ Ele sente medo quando dorme! -,
cercada de veias no deserto da carcaça.
À copa rubra do peito,
lambendo-lhe a carne,
a voz ardia em seu canto:
_ Ele sente medo quando dorme! -.
Murmurou, murmurou e mais uma vez!
Ergueram-se, então, as mãos trêmulas e mais altas que a voz para o céu pálido do pescoço.
Silenciou a voz sob a sentença do crucifixo.
_ Não tenha medo, estou contigo! -,
respondeu-lhe a alma,
debruçada em juramento para a voz.
voz embebida de angústia aos ouvidos dela.
_ Ele sente medo quando dorme! -.
E veio na rede dos tímpanos,
refletida em sangue - a voz -.
E já nos salões das costelas,
continuou a repetir,
_ Ele sente medo quando dorme! -,
cercada de veias no deserto da carcaça.
À copa rubra do peito,
lambendo-lhe a carne,
a voz ardia em seu canto:
_ Ele sente medo quando dorme! -.
Murmurou, murmurou e mais uma vez!
Ergueram-se, então, as mãos trêmulas e mais altas que a voz para o céu pálido do pescoço.
Silenciou a voz sob a sentença do crucifixo.
_ Não tenha medo, estou contigo! -,
respondeu-lhe a alma,
debruçada em juramento para a voz.