Na fímbria

Vivo entre o arvoredo,

No vento,

Nas horas,

Na pele macia,

No perfume adocicado das quimeras,

Na ilusão do tempo.

Vivo entre as sebes escuras,

No musgo das pedras,

No anoitecer gelado.

Resisto entre paisagens imaginárias,

Num espaço inexistente,

Na fímbria da aurora.