Perdão por pumblar, céu estrelado

Para onde vai essa água?

Que escoa esclerótica pela margem orbital.

Esse afloramento desenfreático,

que de olho d’água aligeira-se morro abaixo.

Essa garoa salseira que demora a passar,

precipita e embaça mais que temporal.

Essa água que brota em quentes rios,

difícil de esconder, tenta ocultar-se em uma aba.

Mas estamos em regime de monção,

essa afluência leva tudo, causa erosão.

Água que, em lágrimas peregrinas,

leva embora a coragem do meu coração,

aproveite chamar-se verde estação

e recrie, por favor, a minha história,

leve junto o meu pedido de perdão.