Poema das 4 horas
A madrugada calma e quente,
retrata o tédio que sinto,
e, o mundo lá fora, dorme sereno
num pacto de espera do alvorecer.
As horas caminham a passos de tartaruga,
e o vento parado, é presságio latente,
dos segundos silentes, do galo a cantar.
O poema insiste sorrir,
mas o poeta prefere chorar.
A vida é a parte contraditória,
por onde os segundos do tempo,
demoram uma infinidade a passar.
E eu me perco sempre no êxtase dessa espera.