É o Mundo
É o mundo é o mundo
São suas festas, são seus fundos
Seus moinhos, seus sons, seus destinos
É o mundo, é o mundo
São seus arredores, suas dores, seus dias
Seus tratados, seus destratos, seus arrimos
É o mundo é o mundo
Seus habitantes, seus parentes, seus distantes
Seus morros, seus avenidas, seus edifícios
É o mundo é o mundo
São seus arranha-céus, seus barracos, suas palafitas
Seus ricos, seus pedestres, seus vira mundos
É o é o mundo
São suas pessoas, seus bichos, suas marias
Seus joses, seus infantes, seus imigrantes
É o mundo é o mundo
São seus pretos, seus brancos, seus amarelos
São suas cores, suas etnias, seus calabouços
É o mundo é o mundo
São suas pontes, seus elevadores, seus precipícios
Suas ruas, suas areias, suas fadigas
É o mundo é o mundo
São suas músicas, seus vendavais, seus carnavais
Suas procissões, suas tempestades, suas verdades
É o mundo é o mundo
São suas rugas, suas juventudes, suas atitudes
São suas iras, suas risadas, suas cruzes
É o mundo é o mundo
São suas dúvidas, suas fúrias, suas naturezas
São suas durezas, suas asperezas, suas brisas
É o mundo é o mundo
São suas luzes, suas ilusões, suas solidões
São suas aflições, suas manias, suas decisões
É o mundo é o mundo
São suas casas, suas encruzilhadas, suas águas
São suas despedidas, suas feridas, suas pazes
É o mundo é mundo
Milton Oliveira
Dezembro/2015