QUANDO SI DEIXA DE LADO

QUANDO SI DEIXA DE LADO

É azul veja o fundo do céu partindo

entre nuvens com você nadando

como viajo no lindo sorriso preciso

liberto das mesmas vontades

que precisam de relógio

que avisam quando vão chegar

pra não virar um episódio

uma cena livre tendo eles distantes

do que é sempre possível

indiferente vem abraçar-me

desprezando as fáceis histórias

contadas antes de nascer o dia

é tão vulgar o circo dos favores

não tem nenhum perfume

de flores apenas as dores

do incômodo por ver

que o mundo é uma distante ideia

do que acreditam ser

por levar sua futilidade metalizada

compram as entradas das

cadeiras da frente

o espetáculo é um calculo inventado

vão agora ver suas apostas

e o desgosto de perder-se no vento

traz um ar pesado de "retiro"

onde as almas encontram-se

ressentidas crendo que a paz

é um silêncio das causas concretas

tão certas sem resposta procuram

o que está logo ali secreto

desde o incio foi objeto

que usado tornou-se obsoleto

o enredo perplexo invasivo

"mudou" a vertente que nascia nos olhos

era doce e também fria

acalmando o calor do medo

hoje cedo preparei um bocado

como presente a ser aberto

e uns sucos pra adoçar teus lábios

das cores das veias que correm

pedindo a única ajuda

descoberta depois da caverna

quando nos encontramos...

MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - Blue Moon