soletrando o corpo

o corpo em silaba

soletrando o mundo,

e não é de palavra

esse lado suspenso

mas posso

explicar aos

que querem se

queimar nesse poste

feito de agonia, valsa, ,

letras enfileiradas

mas de cabeça pra

baixo, zumba nos

degraus escuro, fundo

sem fundo no coraçao

das coisas, mar revolto

num ponto morto, fogo,

labareda por baixo das

escadas, não sei se me

entende,mas é como

se tudo fosse nada,

jaganda comendo

o asfalto, varal emborcado

na escada, e se ainda

não fiz claro, é como

uma lagoa furada,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/09/2016
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