Fênix

No cálice/

De sua enfermidade/

É fácil ver em sua face/

O que não há distinção/

A sua beleza serena/

À rosa, ainda em botão/

O que pode não se prestar atenção/

Com os olhos/

Pois só é visível ao coração/

É essa força, do âmago/

Que mesmo sob fortes dores/

Em suas várias solidões/

Faz da mulher /

As razões dessa Luta pela existência/

Que transcendem qualquer paixão/

Fugindo a compreensão/

Dos que buscam no mundo/

A felicidade, só com o toque das mãos/

Felizmente, pra quem se permite/

Ainda há redenção/

Porque mesmo no caos da situação/

É possível sentir em você/

Essa luz incessante/

Fluindo como bálsamo/

No mais terno sorriso/

De puro amor/

Cujo parto se renova/

Todos os dias numa esperança/

Que é essa lição de vida/