Inspiração.

Sou como vozes,intrínsecas dos sonhos,

Que se nutrem da interpretação, a dar-lhe uma vida!

Sou sorriso, vozes veladas, e assovios incessantes,

Por hora impondo, que sobretudo, em desafios.

Sou o patamar onde se deseja chegar,

O legado de todos os princípios a que se quer destinar.

Sou fruto de sabedoria, sou o sorriso de um principiante

E o rebuscamento das ações, que outrora foram desvalidas!

Não busco apenas sinônimos, senão é reiterar o vício!

Busco uma nova interpretação, e as lacunas desse ato,

À se transcrever de fatos, apenas...

Pois acredito que sobre tais,

Descabidos serão quaisquer argumentos.

Sou um poema deserto, sem rima, sem métrica; talvez!

Sê-lo assim quem sabe é que se justificaria,

os momentos vazios e obscuros? Todavia, para a poesia,

Transcende-se de deveras inspiração...

Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2003.