* Recuso-me *
" Perco-me em pensamentos enclausurados.
Abafados,
É a sombra do medo que apavora.
Feito casebre abandonado,
Somos almas perdidas em olhares distantes.
Medo que torna o evidente,
Momentâneo é o ser!
Transformando tudo em instante.
Deixando frestas,
Arrastando arestas,
Digerindo a pergunta do que poderia ser.
Maldito medo que assola de silêncios profundos.
Calo-me diante de tua soberba.
Pois sois hoje quem és.
Hoje!
Não mais que hoje.
Recuso-me carregá-lo por longes léguas.
Tua bagagem torna-se pesada a cada passo dado.
Sois fardo!
Abastado de amarguras.
E pelo cansaço de tempos vazios.
Tornar-me-ei a esperança do amanhã,
Vestida com as asas da Fênix que paira sobre mim.
Abraço -me.
Na certeza de que para todo recomeço,
Não cabe teu nome.
Fantasma,
Sois tu.
O medo.