Acuda-me, Sancho Pança!
 

iSR. Setembro. 19. 12h10m. Curitiba,Pr.

Busco Sancho Pança, pois no meu sonho,
Tão parecido com loucos sonhares
Do Don Quixote, em seus andares
Minha restrição deve ser obrigatória!
Bem percebe você, Nobre Escudeiro,
Quão ilusórias são as minhas quimeras,
Estes meus pensares,estas loucuras,
Espirituais, físicas, terríveis,
Certos patamares,
Assim erguidos, tanto e tão altos,
Que mais parecem tocar os píncaros
Da divindade e do céu fecundo,
Onde aspirar é normal ao mundo,
Onde desejar é o conseguir afoito...

...e é atingir o desejo profundo!

Ajuda-me, pois Sancho Pança,
Afasta meus Moínhos e suas giratórias Mós,
Dai sossego à minha aspiração,
Ela é um fruto insano do que não existe,
Quem sabe, o profano do desejo humano...

Vem ao meu encalço, Sancho Pança.
Nesta utopia em que busco sua presença.
Agoniada, demais aginiada,
Que Don Quixote roube-me antes...

Conceda-me, depressa, sim, esta louca dança!



 







 
isabel Sprenger Ribas
Enviado por isabel Sprenger Ribas em 19/09/2016
Reeditado em 19/09/2016
Código do texto: T5765714
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