ao sol dessa manhã
Ao sol dessa manhã
Do livro observatório
Com dois pesos, e, talvez,
Duas medidas, os não criadores
Serão criaturas se inibem expectativas
Com todas as idas e algumas vindas...
Se todas as ações têm começo e fim,
Não importa o que vem para mim...
E o que vai de mim?
Todas as ações um fim,
Depois do jogo, depois da missa,
Depois da radioterapia...
Dos queimados faz-se uma lista,
Abreviada, enfim, amanhã
Acordaremos novos, eu e você,
E essa coruja em volta, perdida
Como a mariposa na luz...
Mas a luz se apagará com o novo sol
Surgido na manhã, a mariposa
Será liberta, com as asas queimadas,
Mas liberta dessas dores
Desérticas.
sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva.
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