Não creio que te calaste
Apenas no cerrar dos lábios,
Teu corpo ainda grita junto ao meu.
 
A voz de tua alma,
Ainda nua
Chama meu nome.
 
O silêncio é apenas
Uma cápsula dos pensamentos,
A verdade está nas respostas
Que somente aos ventos disseste.
 
Vestes agora teus olhos de vergonha,
Mas ainda assanhas um gesto,
Como a música que incita os seios
E penetra nas entranhas.
 
Na calada da alta madrugada
Clama estar em meus sonhos,
Chegam-me nos sussurros dos ventos
Os segredos da tua vida.
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 17/09/2016
Código do texto: T5763415
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