OLHOS CERRADOS

OLHOS CERRADOS

Os olhos cerrados

Represam águas

Repletas de sal

Ao relembrar

Os doces momentos

Que são tão presentes

Nessa tua ausência

De todo dia

Que não esqueço

E que apareço

Em sombras de meio dia

Em beijos sem lábios

Em toques sem mãos

Em abraços sem braços

Em sentidos mortos

Em águas sem portos

Em visões sem olhos

Em coração sem sangue

Em vida que se exangue

Em até nunca mais

Em eterna falta de paz

E dor demais

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 15/09/2016
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