O Hálito de Deus

A maçã que alertou Newton sobre a gravidade

terá, sido, talvez, a mesma que sobre gravidez

intuiu o singular gesto de amor, à Humanidade

que porventura Eva, eventualmente, assim o fez?

Estas e outras indagações carrega em seu peito

o poeta que codifica a escrita das estrelas luzidias

as parabólicas caminhadas do sol até o seu leito

ou as procelas que o mar revoga ao passar dos dias

Mero sonhador, louco, lunático, romântico ou lírico

trata suas quimeras qual o douto lida com o enfermiço

escrevinha a realidade com gesto e atitude não empírico

o poeta levita, sobrepõe o inalcançável, jamais irritadiço

O poeta acessa o pináculo dos deuses do monte Olímpio

o coração é um alforje que asila os delírios somente seus

não se classifica pela raça ou credo, se tem fé ou é ímpio,

mas acredita que, em seu devaneio, sente o hálito de DEUS!

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 15/09/2016
Código do texto: T5761469
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