Exercício poético XII


Duetos improváveis com Sirley Alves



Virtualmente Calada!
 
Alma de ilusão, alada…
Virtualmente calada
Que triste, o destino teu!

 

Vento sussurrante
Virtualmente errante
Que fraco declamar o meu!

 
Mergulhar em silêncio profundo
E não poder colher do mundo
Tudo o que a vida te prometeu!

 

Nem versos, nem silêncios,
Nem qualquer outros anúncios,
Nada de mim te foi proposto!

 
Quantas vezes será preciso
Pedir ao espelho um sorriso,
Reflexo do meu próprio rosto?

 

Oculto sobre ou meu olhar,
Esconde em ti, sabor de (a)mar
Escondido nas onda do sol posto!

 
E por quanto tempo, meus olhos
Se perderão entre abrolhos...
Vertendo lágrima sem gosto?

 

Despida de sal, de vida
Caídas por uma partida,
Mentira ou apenas contratempo!

 
Não sei porque tanto choro
Se tudo que desejo e imploro
Já está perdido no tempo!

 

Sob o olhar atento de Deus
Amadurado e triste adeus
Alma húmida e triste por dentro!

 
Mas há de chegar o dia
Em que está alma vazia
Será levada no vento!

 

Inscrita nas estrelas e céus
Lágrimas e sussurros meus
Alma tua que me conténs!

 
Sirley Alves
Alberto Cuddel

Alberto Cuddel e Sirley Alves
Enviado por Alberto Cuddel em 14/09/2016
Reeditado em 15/09/2016
Código do texto: T5761104
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