Por atalhos abstratos
 
Caminho com os olhos fixos
Sempre nos meus atos falhos
Levo para distante o meu pensar
Formando uma vida negada
Por atalhos abstratos
Que sempre me dizem não
Sigo passos rápidos que atropelam
A montagem do dia seguinte
Que traz uma dose festiva
E deixo represada no lago dos sonhos
Com os olhos suados e sorridentes vejo
Rostos agitados estressados e velhos
No reflexo da água morta
A brisa passa causando
Um frescor suave e matinal
A água cai da fonte em fios
Como lágrimas de chuva
Formando a anatomia do dia
Num ciclo de sonhos não sonhados
E no horizonte um sol dourado
Entrelaça-se com o arco-íris
Era como se houvesse partido
Para debruçar na luz
O cântico poético
Da paz



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 14/09/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5760659
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