demasiado humano

agora sileciosamente

sei de

teu ventre

teus olhos

se apavoram á penumbra

dos ventos,

quem lhe disse que seria

fácil, o rio é faminto na

sua profundidade, peixes,

figuras lendárias

nas cordilheiras das tripas,

o frio e o calor, dose massacrante

de horror, que janela se abriria

a essa hora da noite, quando ricos

e pobres são irmãos de medo, voraz

é essa vontade de navegar, romper

as correntes, ir além, trombar nas

costas do infinito, no entanto, sou

denso como essa noite, e meu corpo

precisa descansar, quem sabe

amanha, quando o sol quedar

como varanda acesa em nossa gaiola,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/09/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5760252
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.