demasiado humano
agora sileciosamente
sei de
teu ventre
teus olhos
se apavoram á penumbra
dos ventos,
quem lhe disse que seria
fácil, o rio é faminto na
sua profundidade, peixes,
figuras lendárias
nas cordilheiras das tripas,
o frio e o calor, dose massacrante
de horror, que janela se abriria
a essa hora da noite, quando ricos
e pobres são irmãos de medo, voraz
é essa vontade de navegar, romper
as correntes, ir além, trombar nas
costas do infinito, no entanto, sou
denso como essa noite, e meu corpo
precisa descansar, quem sabe
amanha, quando o sol quedar
como varanda acesa em nossa gaiola,