além
para além do tempo da carne
e do tempo do espírito
para além das crenças e dos mitos
para além das insensibilidades
das vaidades (e zé ruelagens)
para além das paredes de silêncio das casas
para além dos apetrechos
para além dos motores, dos experimentos
para além dos adornos
para além até mesmo do café quente
da terra molhada, do vento na cara,
para além dos fantasmas da mente
e das gentes
no fim e ainda depois de mim sobram os poemas
e isto é suficiente