PEQUENEZ
PEQUENEZ
Abandonei-me
A escrever sem pensar
A suspirar
Pela poesia não escrita
Natimorta
Numa expiação de inspiração
Que sumiu nos meandros do córtex
Sabe-se lá seu destino
Certamente desatino
De um escriba não pensante
Ou dispensável
Tão pouco sensível
Grão de areia no cosmo
Cosmético em talento
Palavras ao vento
Dispersadas sem lamento
Pequenez maior
Com sequelas e cicatrizes
Obscuras cores e matizes
Quase trevas totais
Em poesias de menos
E bobagens demais