Hino à Esperança

O carvalho não se rende à brusca tempestade

o caniço do bambu resiste ao tornar-se flauta

ao coração dos mansos é descabida a maldade

ha, o orvalho se desprende da folhagem incauta

a foice laminada habilmente uma fonte dilacera

o pântano inóspito onde só à fealdade se espelha

aos magos do oriente a magia encanta e impera

os corvos nauseabundos espiam a morte de esguelha

os exércitos marcham, prendem e dominam os desertores

os lupanares tragam a pudicícia ao tilintar das moedas

miseráveis desmaiam em enxergões e furados cobertores

na Sibéria o frio é uma tenaz, choram e falam samoiedas

o crepúsculo matinal é cântico! Ao entardecer é merencório

golfinhos fazem piruetas navalhando a água dos oceanos

os palácios entoam clarins e clarinetes em seu repertório

enquanto assistem ao discurso real os sonolentos decanos

Em tudo há vida, mobilidade, seja por respeito ou ordenação

o gravitar da Terra, o tempo transmutam a nossa temperança

rege-se o destino pelo poder, a ternura, o amor, a superação

cantemos e louvemos, com entusiasmo, o nosso Hino à Esperança!

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 12/09/2016
Código do texto: T5758542
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