Íngreme

É íngreme o acesso

Ao teu canto

E, confesso,

Meu encanto

Aumenta mais

Se ouvi-lo tento

Escutá-lo jamais

Esperarei atento

O som reverbera

Na noite incipiente

Adiante prospera

Meu peito renitente

O melhor espaço

Na vida da gente

É o anelo do abraço

Por demais envolvente

Íngreme, bem o sei

Teu canto mavioso

Joia que preservei

Em terreno cavernoso

Nas teias volumosas

De chão invernoso

E chamas vultosas

Rechaçam o curioso

Tábuas com pregos velhos

Um volume de caracóis

Escorpiões e escaravelhos

Em tantas luas, tantos sóis

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 12/09/2016
Código do texto: T5758528
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