Tu

Quem és tu que viestes de longe

Trazidas nas asas da maldade

Por própria vontade sem nem ao menos te conhecer

Foi chegando aos poucos em dias ruins com sol e frio

Nas noites mais tenebrosas até mesmo no meu melhor amanhecer

Nem foi por falta de nada as vezes de tudo logo ao cair do crepúsculo lá estava você

Quem és tu quem veio a mim

Sem nem mesmo te conhecer

Veio galopando no dorso da falta de sorte direto dos confins

De terras distantes eu nem quis te conhecer

Ao poucos foi se instalando

ocupando à minha memória meus melhores momentos

Lançando meus belos sorrisos

ao vento

Roubando meu prazer de viver

Quem és tu que viestes das paredes do tártaro mandada por deuses ruins que querem meu fim

Eu nem ouvia nada de ti pois se soubesse blindava meu melhor sorriso

Fechava as portas do meu paraíso

Aqui tu não iria viver

Chegou do nada roubou minhas risadas ,todo meu brilho

Aproveitou à ausência do meu melhor amanhecer

Pegou no meu cansaço na minha fraqueza de tanto tentar

Agora comigo você está fazendo juras de comigo viver

Aproveitou à ausência do meu amor

À alegria do meu viver

Quem é você com tanta autonomia

Já ousaria até ditar o meu viver

Quem és tu que viestes de longe

Nas asas do maldoso que deve ser

Teu esposo pois vive triste como você

Te apresente já que até agora

Fica calada emburrada mal humorada todos querem te conhecer

Faça às honras se apresente

Quem sabe os que tem juízo

se protejam e feche às porta para você

Eu sou à tristeza chegada a pouco nesse pobre coração

Quem não toma cuidado chego sim e nunca mais me afasto

Tem até minhas crias como solidão e a danadinha da depressão

Agora fica quieto estou acomodada

Deixa de papo pra não acordar

Minha fome de emoção...

Ricardo do Lago Matos