conflito

silhuetas transparentes

rodopia nos dedos de sua

face,

cartilagem desmontada

no martelo da presença.

fogo

água fria

mais fogo

água fria,

e mais e mais pancadas

tortura na malha incandecente

desse ferro

trançado

nas pernas do conflito

quem disse que

aquele que ornamentava

os celeiros era eu, quem

me garante, quem disse

que eu portava aos oitos

anos a doçura dos venenos.

bate

bate

é fogo

é ferro

alquimia de um ser miserável

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 12/09/2016
Código do texto: T5758319
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