O céu de fim de tarde
A tarde chegou molengona
Meu corpo pediu pra ficar à toa
Com os olhos pregados no céu...
E eu vi barcos de papel
Partindo de um porto longínquo
Que as tardes desenham nas nuvens
em tons variados de pastel.
Senti saudade do amor tardio
Um sentimento solitário
Baldio
E o barco deixou de ser barco
Virou banco de areia nas águas serenas...
Toquei de leve aquela cena
Que o sol coloriu de um suave tom de rosa.
Aos poucos não havia mais barco, nem saudade, só a bela paisagem silenciosa.
Cláudia Machado
10/9/16