Preguiça
Depois de certa idade
Aconteceu de ficar preguiçosa.
Entrei sorrateiramente
no sonolento reino dos animais...
Acordo tarde e também faço a sesta,
Prefiro o áudio ao livro
E o silêncio às palavras inúteis.
Se querem briga, não respondo,
Só olho, não julgo.
Há preguiça também na minha mente
Que não aprisiona sequer um pensamento,
Sem ruminações eu deixo
que eles passem
Como núvens no céu...
Faço poema na tela e sinto que é melhor que papel.
Talvez a preguiça tenha outro nome
Mas evito polemizar
Vou seguindo adiante
Sem a obrigação de ritmar.
Quem sabe, meu barco que desce esse rio
Já não esteja próximo à imensidão do mar?
Cláudia Machado
8/9/16