Para cada palavra que escrevo,
Surgem duas que eu esqueço.
Não sei onde é o fim,
Não sei onde é o começo.
Preciso da boa fala,
Do poema que não cala.
E na escala de um a dez,
O melhor de mim, talvez...
Não existem mais palavras
Para estas escassas linhas,
Ou são as minhas mãos que temem
O que guardo sob as unhas.
Esta fome vocabular
De querer saciar-me de letras,
Faz-me lembrar dos poetas
Que morreram de tanto sonhar.
Surgem duas que eu esqueço.
Não sei onde é o fim,
Não sei onde é o começo.
Preciso da boa fala,
Do poema que não cala.
E na escala de um a dez,
O melhor de mim, talvez...
Não existem mais palavras
Para estas escassas linhas,
Ou são as minhas mãos que temem
O que guardo sob as unhas.
Esta fome vocabular
De querer saciar-me de letras,
Faz-me lembrar dos poetas
Que morreram de tanto sonhar.