PEQUENA SAUDADE DE NADA

Dói-me um tal esquecimento

Dói-me do passado ser sedendo

Dói-me o presente

Dói...

Tanto dói

Que a dor já está ausente

O vazio corrói-me na madrugada

Corrói...

E já não sinto nada

Estou desaguando numa enseada

Estou me diluindo, não sinto nada

Estou dentro de mim.

Cheia de sorriso, de desejo, de calor

Cheia de medo, de felicidade e dor

Mas não sinto nada.

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 08/09/2016
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