Cavalo alado
O meu cavalo alado
não tinha asas não,
corria contra o vento
levantando poeira no
estradão, que levava
vidas ao meu sertão
Jovem adolescente
com liberdade no peito
idéias na cabeça de
libertar o mundo da
desigualdade social
trazendo paz e união
Na fazenda pela manhã
bem o sol nascia corria
para o curral, tirar o leite
quentinho que saia das
tetas da vaca, era também
a primeira alimentação
E o dia seguia como canção
ao vento com grande agitação,
os pássaros em festa cantavam,
voavam, era a grande atração
sem barreiras, sem bilheteria,
sem aplausos, sem confusão
Quando dava meio dia corria
para comer um delicioso e bem
temperado e famoso feijão com
uma suculenta galinha caipira,
ou um bode assado crocrante,
com maxixe, quiabo e torresmo
Passava o dia, chegava a noite
acendia o candeeiro, sentava na
varanda olhando as estrelas no
céu, brilhantes como diamantes
e a lua ali pertinho, parecia que
estava a nos seguir e observar.