Dias e Noites

Tenho poesia nos olhos

E uma desiternidade na alma

Vivo solto entre mim e os espaços

E desgosto da pressa das cidades

Tenho uma horta onde planto

Os dias e as noites

Tenho palavras ainda novas

E um desinteresse na alma

Risco o céu de outras cores

E deito para sonhar tranqüilo

Tenho um pé de vento preso

Na ponta do esquecimento

E algumas horas de puro não

Eu tenho uma alma incompleta

De uma cor que ainda não foi dita

Quanto aos dias e as noites

A Deus pertence, eu só os rego

Milton Oliveira

19.12.12

milton antonios
Enviado por milton antonios em 06/09/2016
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