938 Espetáculo
Espetáculo
a tarde era magia...
chovia garoa fina e as nuvens transluzia cores:
o céu tingia-se de violeta e a luminosidade dourava a umidade envolvente.
pingos caiam e exclamações subiam
e o til ondulava.
havia um toque neste dia que não queria ir embora
e um retoque da noite que se recusava e nem se atrevia a acabar
com este espetáculo de Verão
os tons eram textos para o Poeta.
as letras eram palheta para a natureza.
a Poesia, em um firme imperativo afirmativo, ordenou:
Escreva!
Nardo Leo Lisbôa
Barbacena, 02/01/2001
Caderno: Poesia Efervescente