PALAVRAS MORTAS
Palavras mortas;
Dissipando a noite por entre facas cegas de brilho falso,
cortando cortinas sobre o ruído do vento;
É quando calam-se as vozes dos poetas,
perante a sombra de árvores adormecidas;
E as aves de rapina rasgam a madrugada,
anunciando mudas tempestades;
Despedaçando esqueletos de barcos naufragados
nas pontas de estrelas cadentes;
Como fantasmas do ontem,
repetindo hoje esse passado esquecido
de amanhã duvidoso!