Não somos os apóstolos,
Não somos Madres Teresa,
Humanos, apenas humanos...
Alguns sonham com grandezas,
Outros, mais humildes,
Sonham somente com o amor.
Os que não sonham
Governam o cotidiano,
Sem planos, apenas a rotina.
Os que cedem, sofrem,
Com o que não lhes pertence,
Mas que lhes foi imposto.
São rostos sem risos,
De triste expressão,
E um olhar ainda mais triste,
Na falha gêmea do coração.
Ah, hiato da vida...
Atos compostos em idas e vindas,
Sem portos seguros para aportar.
Por vezes, julgam,
Comumente, são julgados.
Deveras condenados
A uma vida sem futuro
E sentimentos no passado.
E que vida sem sentido
Ter vivido sem ter vivido
Tudo o que pode ser amado.
Deixar de lado o próprio amor,
É ato impróprio ao amor-próprio.
O corpo que nos pertence
É o apêndice da alma,
Permite-nos o devaneio
De ser por inteiro
Primeiro e último amor.
O valor das atitudes humanas
São as que emanam a verdade,
Debatem em ferro e fogo com a consciência,
Trazendo à superfície, a dúvida,
_ Estou vivendo a minha vida,
   Ou apenas cedendo a que me pertence?
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 05/09/2016
Código do texto: T5751701
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