Dias
Os meus dias são quietos,
tão ociosos quanto um oceano pintado num quadro.
Pela loucura e seu emplgante sabor,
parei no cais da existência.
Pela esperança no peito esvaída, perdi a cabeça.
A alma dissipou-se, foi-se aonde não sei.
As lágrimas, sem dificuldade, escorreram pelas maçãs faciais.
Uma face ainda enxulta e livre da temida senilidade.
Escrevo, todavia.
Sonho, todavia.
Espero, e creio no que não posso ver.
Para não sofrer,
mas apenas querer viver um dia após outro.
Até findarem os meus quientantes dias.