OUÇA-ME
Dois dedos de prosa, seu moço
Eu quero poder lhe contar
Do sol, da chuva e do medo
Do jeito insistente de amar
Dos erros e acertos profanos
Do céu estrelado de julho
Das doses de scotch sorvidas
Num Rio repleto de entulho
Eu quero falar de mim mesmo
Dos sonhos perdidos, roubados
Das lutas travadas, inglórias
Também dos sucessos galgados
É muito importante pra mim
Me dê atenção, por favor
Eu sei que você está com pressa
Mas pare pra ouvir minha dor