poeminha longitute

vou

perna

verna

vou

vou

vou

vou

vou vou voo

o silencio

é propria luz

que nos rodeia,

somente agora vejo claramente

o que claramente eu não via

porque naõ sabe das coisas que

olham, claramente

queda

queda

e queda

a vida é uma queda

agonia noite e dia,

sol, clareza, morte

pulseira na garganta,

corte, sol, pedra fria,

mas nao pense que isso

é pouco, é a

fogo

é fogo

é fogo

fogarel

fogo no fogo

mais fogo

no fogo

gozo

gozo

gozo

fora o fogo

o gozo

o teu

o meu

o fogo nosso

pai nosso, onde

ponho esse fogo

clara

fura

garfo

comida entre duas

pernas, no chão fogo fosso

argila,

girando sob os dedos dos

olhos, sois enormes latem

no coração desse monstro

pulseira que aperta

e do fogo, a coisa certa

cercados que tem

o branco

que no ceu é nuvem

que no corpo, é roupa que

nos late por dentro

como se um cachorro estivesse

no interior dos ferimentos,

onde anda, aquela

que amei, a outra que deixei,

onde anda, aquele que

não amou, ninfas, putas

cadelas, o som pingando

igual ela na excitada janela

tão fundo, a gruta aguada

onde peixes fumam cigarros

e comem suas horas que

imersa na água carece de ponteiros

como esse que vejo na breu

desse corredor, onde tanta

e tatas, gentes ja passaram

eu quero a rosa

da noite, mil trocados

sobre a mesa, broquel

no proprio braco, cravejado

no intimo do real, meu

camarada nem te conto

daquela mulher, rio de fogo

na minha vida, carrocel

de animal vivo, dormência

de tantos anos

eu queria

ser tanto, outros

olhos perpasssando

o mundo, veias de outras

esferas gritando sangua

em praça publica, mas sou

o que sou, mais fosso que

esforço, mas agonia, no entanto

aprendi a girar, a girar nas cabeças

de alfinetes, imagino sobre essa

cidade um bicho feito de gilete,

cortando seus prédios sem fundamento.

imagino a mim

mesmo,

um rio lucido e fluente

sendo furado por louco

indolente, fiz puz na boca

do tempo, joguei pedra na cara

do padre, sou fim e sou tudo,

mas de verdade mesmo, quase nada,

mas lamento os amigos

perdidos, os amores que não

souberam nadar na cruz desse tormento,

estou vivo porque

gosto de chuva, ainda mais

quando toca o telhado alheio

que faz de mim

uma purpura tarde

que lembra das coisas

e que me vem agora, tua

boca me beijando todo,

teu seio me dando comida

mas logo sou tomado

por janelas, janelas das frutas

das semente, das cortinas dessa

sala, cujo piso foi o olho da

cara, mas não posso lambe-lo

como se lambe

um sorvete, apesar desse

ser mais barato, como é essa

noite de desespero, jogo fora

jogo dentro, jogo não jogo, sou

esse sofrimento como uma tv

antiga fora do ar, chuvisco claro

e escuro sobre as coisas do mundo,

mas falta-me antena do bom tempo,

mas em vez de aprender,

passei a chupar tetas no meio

da tarde, atras das igrejas, nos

fundo dos quintas, e tenta para

ser chupada, é que não falta nesse

tempo de oferta,

muitos cores deitaram

no chão, travesseiro plantado

no cimento da agonia, lá

fora, tantos sonhos que não

dou conta, sofá, cortina, vento

trazendo, sei

lá o que,

nessa noite fria, o tempo degenerando

meu universo,

tanto

pouco, nada muito, partidas,

fruta, pássaro, bico, a arvore

crescendo como criança sadia,

sombra turva

na água funda

bate na cara

na testa, nos olhos que

enxerga, essa noite feita

de estrelas e de destroços,

comida,

na vida, cama

mesa, rapariga, pele empregnada

de sois, vulvas, cabelos longos

de dançarina, amarrando na

marra,

veio grande que segue

seu rumo, rio grande, de margem

grandes, o que faço pra ser seu

amor, o que faço pra fazer verão

nessa dor, o meu canto é assim,

cheio de remorso, mas o dizimo

pago reliosamente, é essa dor que

trago no dentro, dente, dente oco

mordendo o desgosto,

triste, sou triste como essa

senhora

que a vida tocou,

sou triste como essa agua

que o tempo levou, mas gosto

da vastidão das coisas, da vastidão

da formiga, da vastidão desses caroços

de milhos, que há pouco nao estou no

fogo da vida,

jaz aqui, eu, poeta

caduco, a fazer letras com

a desgraça bem feita, jubilo

sua dança, clara, lisa, na pele

desse sonho, tocar teu sexo,

tua água, teu beijo que desce

pelas anáguas desse desejo,

correr horas durante a madrugada

e engolir a propria boca,

a propria garganta e ser o que

se pode ser, um muro cotejando

sangue por entre os dias, nadar

bem fundo e pensar: agora sou eu rei,

de que

cara palida,

de tua propria pobreza

a pira que

não grita, a vida que

não gira

a janela que não abre

somente a lama fazendo gula

na barriga

da vida

da vida desde a barriga

não nasceu, um pulo

na lavoura dos outros, cuspe

lingua, merda,

o verde na ciranda da mesa,

e o tempo, varejeira que pica, e desfaz

a propria vida,

mergulho, tânato, piscina, vento

o mergulho

a águia

enfiando tudo

na planicia aquosa

embaixo é terra

é o suburbio da vida

cuspe,

catarrada á beira do

abismo,

facho fogo varrendo

as veias da terra,

nada há de falso

com sua passagem, o fogo

a fazer mundos, mas antes

da casa pronta, a destruição,

porque a tragédia espreita

cada janela dessa rua carcomida

go

corpo

nojo

azedo

cisco de luz

á beira da noite

que zune como

esse edifícil de ladrinho

zorro

fruto,

grupo

guru

põe no rabo

dessa

e daquela

e desse,

dois olhos

labutando nesse fim

de noite, batuque de dedos

tambor

que intelige o fino do groso

e outras mansas praias

torna a casa, casa, de

janelas

onde outros rosto

ja passaram, uma quase

me matou de amor

outra

ainda me cospe

quando lembro

giro

por dentro

de por fora,

na ripa da memória

que como um sorteio

nasce ela, ela , aquela

de corpo, de boca

lingua acidulada

na minha virilha, quantas

horas perdidas

e barriga

cheia e vazia, nada

toda

casa gira

com suas familias

que nada mais

é que pedaços

carne enfileira nas portarias

das mágoas, vim de longe

saltei o rio, no entanto

que encontrei, nada

somente o rosto que eu já tinha,

e eu

que já quis

e quero

talvez eu seja

esse poeta que se ajoelha

de frente ao espelho, e vejo

muitos de mim, outros como

um puta no cio, me ame, me condene

em deseja, fosso, grosso

geni na pele do fosso

dança, geni, mostra os peitos

grandes, negros

dois segredos cheios de leite,

virando a direita, uma escada

que chega noutro

andar, de rostos palidos

vendidos a preço de banana

mas é o feijão que conta asneira de madrugada

onde estrelas

se juntam e come rapariga no cio

desce, encosta, pois o tempo é

uma laje sem dono, varejeira na carne

da praça da feiras, corrida de meninos

no asfalto, preto, duro,

fuligem solta do escapamento das

gengivas, ornadas com ouvidos

de luas, que

são esses anos, carregados de meses

de desejo, de meninhas filhas de papai

que come do bom

e do melhor, mas esse canto que vem

longe,

que entre meus dedos

minhas pele,

quanta verdade

existe nesse poço,

sem fundo, mas no fundo

é do um fundo de nada mesmo

que dança na bicicleta

que nasce da flor que fura

as galerias desse canto de silencio

e perfume,

semente no gosto de moça

que paira

na janela que se abre

e muitos olhos

se desaloja, buscando sabe-se lá o que

esse que de muitas frases que sai de toda

boca, inclusive dessa que na ponta do

meu dedo

come as letras do limbo

e as estica no papel

cu, teu cu

teu cu

mesmo no

rosto desse veneno

que vai e vem

como se a vida fosse vento

comi o pão

que donzela amassou

virgem de mãos molhadas

e boca virada

para a janela

e eu grito um giro

no ouvido do mundo;

tive

tenho,

ouço do ouvido do móvel

que guarda

panelas o múrmurio de vento

ensopada,

quem pos na

pele dessa parede teu rosto

feito de agonia

não foi eu, nem a porta

ou o soldado, nem a virilha

desse tormento,

levar pra cima

uma vida perdida

levar pra cima, uma vida de cisma

não é com colher

ou com a foice que se corta

o medo,

que esteve também nos olhos

de dona etelvina quando

na tarde quente daqueles

dias,

viu a queda de uma utopia

silencio,

pois a passagem da morte é a todo instante

em algum

lutar a morte planta sua pata

na planta, na cidade

no campo,

ela se farta dessa imensidade,

mas aqui

nesse ponto

onde eu escrevo carregado de dor

e de medo,

é a vida que se espicha nos meus dedos

lucidamente

louco, aqui, no tronco

que hora foi floresta

agora imaginação

que sustenta, uma amanhecer

vertiginoso, vaginas silenciosa

numa cama

rola, pica, caralho na pele

da mentira,

minima verdade

escondida

que é um tocha

no boca que come, invez

de vomitar palavras,

mal dormida, clitoris

no cimento da cama

virtua plebe, camaradagem

é o que falta nesse mundo

voo

na tábua

da vontade, essa

que no corpo soube

da queda, entretanto

do sufoco fez asas,

grade arbusto do silencio

garra

margem, esgarço

braçada,

vento, ar em movimento

trajeto, luto, fusco, gozo

em estado bruto, sinuca

de bico nesse intervalo do

grito, mar, marejar, maré

sinfônica de carbono no

vômito da tarde

go

corpo

nojo

azedo

cisco de luz

á beira da noite

que zune como

esse edifícil de ladrinho

zorro

fruto,

grupo

guru

põe no rabo

dessa

e daquela

e desse,

dois olhos

labutando nesse fim

de noite, batuque de dedos

tambor

que intelige o fino do groso

e outras mansas praias

torna a casa, casa, de

janelas

onde outros rosto

ja passaram, uma quase

me matou de amor

outra

ainda me cospe

quando lembro

giro

por dentro

de por fora,

na ripa da memória

que como um sorteio

nasce ela, ela , aquela

de corpo, de boca

lingua acidulada

na minha virilha, quantas

horas perdidas

e barriga

cheia e vazia, nada

toda

casa gira

com suas familias

que nada mais

é que pedaços

carne enfileira nas portarias

das mágoas, vim de longe

saltei o rio, no entanto

que encontrei, nada

somente o rosto que eu já tinha,

e eu

que já quis

e quero

talvez eu seja

esse poeta que se ajoelha

de frente ao espelho, e vejo

muitos de mim, outros como

um puta no cio, me ame, me condene

em deseja, fosso, grosso

geni na pele do fosso

dança, geni, mostra os peitos

grandes, negros

dois segredos cheios de leite,

virando a direita, uma escada

que chega noutro

andar, de rostos palidos

vendidos a preço de banana

mas é o feijão que conta asneira de madrugada

onde estrelas

se juntam e come rapariga no cio

desce, encosta, pois o tempo é

uma laje sem dono, varejeira na carne

da praça da feiras, corrida de meninos

no asfalto, preto, duro,

fuligem solta do escapamento das

gengivas, ornadas com ouvidos

de luas, que

são esses anos, carregados de meses

de desejo, de meninhas filhas de papai

que come do bom

e do melhor, mas esse canto que vem

longe,

que entre meus dedos

minhas pele,

quanta verdade

existe nesse poço,

sem fundo, mas no fundo

é do um fundo de nada mesmo

que dança na bicicleta

que nasce da flor que fura

as galerias desse canto de silencio

e perfume,

semente no gosto de moça

que paira

na janela que se abre

e muitos olhos

se desaloja, buscando sabe-se lá o que

esse que de muitas frases que sai de toda

boca, inclusive dessa que na ponta do

meu dedo

come as letras do limbo

e as estica no papel

saltei no rosto das algibeiras

dez notas

que deram pela janela

mas eu não sabia que era

facil saber do s

bate no reino dessa

pele

que nasce dentro de casa

do assoalho, onde desde

criança pisei, que meu pai pisou

e fez

minha mãe pisar num grito

de horror,

quanta coisa

se fez sem sentido, somente

para não sentir

o furo da coisa

bem feita,

mas a coisa bem feita

tem rabo de argola

nas trombadas que nos enforca

o voo

o voo

ovo

o vo

o v o

plus size

corpo na asa

do ser,

ce

l

so berba

no dia

noite

na catarata

do olhos,

que fura

o gozo de agonia e verdade

tempo sol

no corpo das coisas

luz acesa no meio

da tarde, onde anda?

guarda-se da cusparada

jogo insano no rebento

das águas, palmeiras, caldo

de soco no coração da passagem

vai, pois o rio é eterno

limpa-se

de outros partos, fuga, silencio

savana,

oléo na agua

mistura infundada,

poste aceso á beira

do caminho, voo voo, pasto

verde na vertigem da pele,

sanfria á beira desse encontro

do céu e da terra

no baixo

ventre, luas

acendem

a noite

que nos corpo crava

seu medo, anzol de letra

quero pescar um poema

quero saber qual é

o esquema

dessa moça

que ama,

que soube dizer

a hora certa da comida

da jogada feita nas alturas

dos umbigos, mas sou

esse escreve, e bonito

mas do que sei, porque

aprendi a vomitar nas

praças publicas, escondido

sob as picaretas dos invasores,

peito

e cago,

pra certos ares,

mas tenho medo de morrer

de amar,

ainda mais de crescer,

porque sou devagar com

água rasa, gosto de peixe

que funda água

ferve sua guelra, já amei

uma vez, ja amei duas vezes

nunca

talvez nunca

soube pesar farelos na balança

de palavras, sou esguio, mas

num esforço de quebrar a canela

por isso

essa tarde é comovente aos

beijos

desse poeta, que soletra a vida

com seus medos e raivas, mas

que sabe enfrentar os pombais

das escadas

cisco

ao vento

nao houve cinema

nessa gruta

escura, não houve

quem narrasse o tédio

de tua noite, mas teve

alguém que

esteve e dentro desse

veio de luz

lançou poderes barcantes

nas

trevosas caras

que

que

qual a proxima lingua

que liga uma coisa

na hora,

espaço

trotes, lingua quente

no cu dessa gente

que late o mundo

como se fosse pedra,

o que salva é esse rago

feito com as maõs de

quem ama, pelas mãos

soube saber o que era

verdade nesse vale de sombras

do fundo, a luz dispersada

e essa janela

que parece porta mostrando

como uma mulher de perna

aberta, o clarão que vem de

fora, tanta coisa se guarda

lá fora, a sala, a cozinha,

uma casa, segura, dentro

dessa vida que compreende

a janela e a rua, roupa no varal

recebendo o vento mais vento

que foi vento na árvores que

ainda balança, como essa cortina

da sala, feita por alguem de muita

paciencia, pois tudo tem seu tempo

inclusive, o tempo de nao ser nada

o prego, a madeira,

dois tempos que lateja

ao toque do olho forjado

na feitiçaria do martelo,

e a moça, tanta moça, cada

uma com seu novelo de medo,

de algumas herdei esse

travo na língua, azedisse

de uma deseja mais que honesto,

quantas vezes pingando sangue

entre os dentes, e me escondendo

entre as touceiras de vozes

que gritava girando como

uma louca no ventre da cabeça..

quanto sonho

se perde, quanta verdade

não percebe, dentro

desse que escreve, 42 anos

mal vivido, mais dor que libido

mais cratera que montanha,

e um rio mangas podres

descendo pelas camadas

entupidas, se fosse rápido

como um trovão, mas não

é, tudo é lento nessa fase

do bastião, vasta, vasto é tudo

que vejo, do ceu enterno a

esse percevejo, que na

noite bruta da minha pele

tira seu pao, pao não, sangue,

como esse que pinga do coração

quebrar um mundo

falso não é como quebrar

um copo, que atiramos e

tudo estilhaçalha num unico soco,

a mundo falso, ao contrario

do copo quebrado, é utilo

foi usado nem estilo dentro

das coisas, mas nada isso importata

quando pensamento que o tempo

arrasta tudo e nos deixa nu,

envergonhado de tanta sujeira,

a coisa viva, grita estica, nao morre,

mas lateja ao seus caprichos,

porque o tempo não faz acorda

passa, e a propria passsagem é

seu zumbido

gozo de luz

na pele

da manhã, duro é

o canto que não cede,

o muro que não cai

a rede que não desalinha

o sol, o mar

essa praia que leva meus pés

e sustenta minhas vistas, daqui

posso ver o horizonte, nos convidando

para a morte,

e morro gradativamente

nesse por vir de fingimento, amar

gostar, dar, ser, palavras sem rumo

no pendor dessas pedras, que,

pesadas, carrego no lombo, e dele

escorre veneno, e um cardume de

angustia povoa as entranhas desse

profundo

mas arder

somente arder

sem andar por entre os desgraus

de novo rumo,

indolência, cuspida no ventre

das preguiça, amar, ou ser outro

na catedral dessa dor,

reino inverso

desse que busco, armadilha

que prende mais que alimenta.

discursos, ideias, coro

de vozes,

vozes do fundo

bem fundo

mais fundo

que esse fundo

que condeno, solitária

fortaleza de veneno, o tempo

esse que me carrega, também

de atravesa com sua faca

de dormir, por enquanto faço

o mesmo que ja fazia, pois o

mundo mesmo acabando, esse

que escreve continua sendo

humando

no entanto, gato escaldado

não sai de casa,

salvo quando a fome lhe come

o ventre, tv, anos deitado nessa

masmorra sem vontade,

pus,

tristeza,

volta, revolta, cada macaco no

seu galho, mercado, gozo, eu gozo

nessas lembranças que jaz no escombro.

vem e vai,

luz, cardume de miserável

tanto em cima

quanto em baixo

camadas

que não se muda, mas

a faca do retalho, bus, carro

trem, imundo é essa cara

que se poe nesse espelho

a essa hora da madrugada,

mas desde quando cara feia

de ordem, ou seja, não se

fala nada desse vida de retalho,

tronco, o vosso tronco

o tronco,

que

toco

o rio

raiz no fim das travessas

corropio

fissura

no corpo

desejo, sinal de silencio

no corpo dessa caverna,

carvão

fogo

fumaça,

quebradeira geral

nesse vale todo escuro

luz

que sobe

e toma

conta do alto e do baixo

fogo, grito, destemida

criança aturdida proximo

ao paraiso, fosso, louco, dorso

alegre é a estrada que percorremos

sem o peso das trevas, livre

desempedida, vulva solta e alegre

esquenta

o tempo nas

cavernas do corpo

grito, aturdido, explenica

respiração,

na toca do rato

quem essa moça

que me ponho de quatro

como um animal faminto

desejo, pulso, lacre, fussa

na cara da vida, coragem meu

irmão, pois esse caminho é dos

forte, que se ergue ao toque dos

machado, porque esse reino

de gole e espada, afunda e se

torna trono no gozo dos andaimes

queria tanto

o seu amor, moça

bonita, queria falar

coisas bonitas,

quase

me entreguei nesse

vale de mármore, assumo

aqui

a outra fase, a de

me saber

e de me não saber

coisas que pouco sabem

por isso

deito na praça e me molho

todo de cachaça e mordo

gengibre e aguento o tempo

que mordifica, poque não sou

o marido perfeito, sou atrio e sentinela

nesse vale de trevas

sonhando o rio

que entre os homens

não fala,somente grita

pelo silêncio, balde de

agonia adentrando do ventre,

a lembrança, pisa, chicoteia

o corpo de quem anda, mas

não pare, não se dê ao fermento

dos anos, porque dali, mesmo

assado, não mata a nossa fome,

porque o que se come desse

presente, esse agora que nos

vem por dentro, pulso de luz

no trovão da carne, acidulante

corpo

pele

dente

ventre

ciudad

del

leste

que se apossa

como um gemido de verme

sifilis

tormento,

surra, barriga

verme

na contra pele

do misterios

e ainda aquela bocetinha

me cavando as lenhas

do ser

vou do centro

á periferia, cuspindo

fogo pela barriga,

tosse, brasa, aperto

jogo, tacada de formicida

bruto, escoras, rompimento

descida, loucura incenciárias

nos limites da vida, dança, pula,

o cântico dessa varíola, fumaça

que sai do fundo, lá do fundo,

à escondidas, escadas atravessadas

no rosto do abismo, forno, fornalha,

carrocel que enforca

orca, mar azul na pele

de teu cu, silêncio, semente

agitando no fundo da gente

faca, corte, carne, sangue

descendo nas paredes do ventre

come seu osso

matinal, durante

muito tempo não

soube de ti, labarena

do

acende

mais acende

a abrasa dor,

fauno lento

na cadencia do tempo

mar marejando

os bosques escondidos

piralampos,

vaga lumes

disperção do preço alto

a leveza insinua

nesse vale perdido

o silenciosa luz

toca flauta

e

meu coração acorda

no frenesi

dos mortos.

minha alma imortal

cumpre a sua jura

seja sol estival

ou noite impura

onde fiquei

onde

que

mar calmo

e arenoso

estar louco

sem eira nem

beira,

batendo o martelo

a esmo nesse mormaço

de palavras, o vago sertão

sertão, tão desesperada

é essa vida que golpeia,

passaro no olho do tempo

silencio grave cortando

os acontecimentos, mais

não é mais medo, é degredo

encontrado, tropeçando,

querendo voltar, mas acordado

ja se encontra a pedra que é

pedra e nem liga para o que

falam delas, sortimentos do

labirinto iluminado, gosto

de manga e azeite no pão

nesse devaneio, rostos lentamente

indo ao encontro de outras

cabeça, o novelo é de luz fermentada

na casa mais bonita da praça,

de paredes brancas, bem feitas

emoção volumoso

fundo aquoso

denso, formoso

é preciso ter

pau

nessas horas de onerosas,

vargem molhada

chuva

buscas incansáveis

pelas prateleiras

dos homens

folhagem

nos ossos dessa

masmorra,

vulto encarnado

agonia

desespero

pote de pus na calada do medo

força, homens

mas de outro jeito

e esse corpo que

já não respira como antes

dormencia instalada, mil

desejos grigando pripazia,

todos eles engodo que engrandece

á beiras do mar aberto. pulseira

a sempre bela pulseira, criei-a

para o meu palandar de viludo

desço com ela aos vários submundos

lajeja preguiça e solidão a essa

hora das coisas, vales, vales

valeu cada centava gasto nesse

intervalo da morte, pulso na

pulseira, rola entorta, aperta,

solta, jogo que esporra sono

nos gradis desses ponto

vazio lento lento fausto

plastico, veneno doce armando

o vento,

e eu aqui matutando outra vida

outro sono onde a vida se se sinta

vida, ladrilhos correndo os ouvidos

cacos de pedregulhos melando o pensamento

basta deixar que as coisas são

feliz aquele que dessas

coisas abriram mão...

vazo vazo pote

de água no canto da sala, no fundo

o limo não limpo, o limbo da água

que todos bebemos na sede dos anos.

lembra daquela dona

que disse nalgum outro

lado? corroeu-me por dentro,

mas não sou de queixar, dela

destilo versos, versos que se enfia

em todo lugar, verso barão, versos

que conhece o tempo e a solidão,

jangada esquecida

nos trovoes do mar,

amigos

ja estou chegando

trago um poema inteiro e leremos

durante nossa morte, ninguem morrerpa

no escuro nesse raio de lugar.

poeira, poeira, cosmo

nadando sobre nossas ideias,

vai, lembrança, pouse

na tua casa, disseste que sabe

acender fogo, que sabe passar

o tempo quando amassado pelos

trovoes, valsa linda bela

valsa

que me dança

valsa que sabe sem fala

a dança que vem e que me

vem num vai e vem

onde anda

onde esta

agora

tiro na pele do figado

se

és meu amigo,

come essas letras comigo.

não me afogo

nao me afogo

porque sou fogo

derramo água pelas

labaredas

sou fornado no fogo

na areia feita de fogo

no vale feito de fogo

no reinado do Deus fogo

fogo

que queima a quimera

dolente, o riso frouxe das

horas vãs, valsamos

o balsamo de uma luz

que aquce.

de onde venho

e o que

me torno conforme ando

meu rosto, de muitos ainda

é um estranho, fermento no

arredores, tormenta quieta

na lassidão

desses dias,

tão macio é tua linguagem

de avelan, rio calmo, solidão

se divertido, perguntaria, até

onde teu riso basta, valho mais

que esse lugar de minério, mais

que esse andar enferrujando,

sou do tipo que gosta do sol

e da alegria infantil, reino da

vida, inteira vida, meu coração

faz prece ao teu ventre, varios

nomes já te dei, no entanto o

teu vasto sonho me detem a

meio passo de tuas árvores,

abra-te

oh! vida

eterna

abraça-me noite

abraa

vale escuro e terra clara

monstro claro

azul leite catedral na tarde

infante,

go

Alex Ferraz Poti
Enviado por Alex Ferraz Poti em 05/09/2016
Reeditado em 11/09/2016
Código do texto: T5751414
Classificação de conteúdo: seguro
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