poeminha longitute
vou
perna
verna
vou
vou
vou
vou
vou vou voo
o silencio
é propria luz
que nos rodeia,
somente agora vejo claramente
o que claramente eu não via
porque naõ sabe das coisas que
olham, claramente
queda
queda
e queda
a vida é uma queda
agonia noite e dia,
sol, clareza, morte
pulseira na garganta,
corte, sol, pedra fria,
mas nao pense que isso
é pouco, é a
fogo
é fogo
é fogo
fogarel
fogo no fogo
mais fogo
no fogo
gozo
gozo
gozo
fora o fogo
o gozo
o teu
o meu
o fogo nosso
pai nosso, onde
ponho esse fogo
clara
fura
garfo
comida entre duas
pernas, no chão fogo fosso
argila,
girando sob os dedos dos
olhos, sois enormes latem
no coração desse monstro
pulseira que aperta
e do fogo, a coisa certa
cercados que tem
o branco
que no ceu é nuvem
que no corpo, é roupa que
nos late por dentro
como se um cachorro estivesse
no interior dos ferimentos,
onde anda, aquela
que amei, a outra que deixei,
onde anda, aquele que
não amou, ninfas, putas
cadelas, o som pingando
igual ela na excitada janela
tão fundo, a gruta aguada
onde peixes fumam cigarros
e comem suas horas que
imersa na água carece de ponteiros
como esse que vejo na breu
desse corredor, onde tanta
e tatas, gentes ja passaram
eu quero a rosa
da noite, mil trocados
sobre a mesa, broquel
no proprio braco, cravejado
no intimo do real, meu
camarada nem te conto
daquela mulher, rio de fogo
na minha vida, carrocel
de animal vivo, dormência
de tantos anos
eu queria
ser tanto, outros
olhos perpasssando
o mundo, veias de outras
esferas gritando sangua
em praça publica, mas sou
o que sou, mais fosso que
esforço, mas agonia, no entanto
aprendi a girar, a girar nas cabeças
de alfinetes, imagino sobre essa
cidade um bicho feito de gilete,
cortando seus prédios sem fundamento.
imagino a mim
mesmo,
um rio lucido e fluente
sendo furado por louco
indolente, fiz puz na boca
do tempo, joguei pedra na cara
do padre, sou fim e sou tudo,
mas de verdade mesmo, quase nada,
mas lamento os amigos
perdidos, os amores que não
souberam nadar na cruz desse tormento,
estou vivo porque
gosto de chuva, ainda mais
quando toca o telhado alheio
que faz de mim
uma purpura tarde
que lembra das coisas
e que me vem agora, tua
boca me beijando todo,
teu seio me dando comida
mas logo sou tomado
por janelas, janelas das frutas
das semente, das cortinas dessa
sala, cujo piso foi o olho da
cara, mas não posso lambe-lo
como se lambe
um sorvete, apesar desse
ser mais barato, como é essa
noite de desespero, jogo fora
jogo dentro, jogo não jogo, sou
esse sofrimento como uma tv
antiga fora do ar, chuvisco claro
e escuro sobre as coisas do mundo,
mas falta-me antena do bom tempo,
mas em vez de aprender,
passei a chupar tetas no meio
da tarde, atras das igrejas, nos
fundo dos quintas, e tenta para
ser chupada, é que não falta nesse
tempo de oferta,
muitos cores deitaram
no chão, travesseiro plantado
no cimento da agonia, lá
fora, tantos sonhos que não
dou conta, sofá, cortina, vento
trazendo, sei
lá o que,
nessa noite fria, o tempo degenerando
meu universo,
tanto
pouco, nada muito, partidas,
fruta, pássaro, bico, a arvore
crescendo como criança sadia,
sombra turva
na água funda
bate na cara
na testa, nos olhos que
enxerga, essa noite feita
de estrelas e de destroços,
comida,
na vida, cama
mesa, rapariga, pele empregnada
de sois, vulvas, cabelos longos
de dançarina, amarrando na
marra,
veio grande que segue
seu rumo, rio grande, de margem
grandes, o que faço pra ser seu
amor, o que faço pra fazer verão
nessa dor, o meu canto é assim,
cheio de remorso, mas o dizimo
pago reliosamente, é essa dor que
trago no dentro, dente, dente oco
mordendo o desgosto,
triste, sou triste como essa
senhora
que a vida tocou,
sou triste como essa agua
que o tempo levou, mas gosto
da vastidão das coisas, da vastidão
da formiga, da vastidão desses caroços
de milhos, que há pouco nao estou no
fogo da vida,
jaz aqui, eu, poeta
caduco, a fazer letras com
a desgraça bem feita, jubilo
sua dança, clara, lisa, na pele
desse sonho, tocar teu sexo,
tua água, teu beijo que desce
pelas anáguas desse desejo,
correr horas durante a madrugada
e engolir a propria boca,
a propria garganta e ser o que
se pode ser, um muro cotejando
sangue por entre os dias, nadar
bem fundo e pensar: agora sou eu rei,
de que
cara palida,
de tua propria pobreza
a pira que
não grita, a vida que
não gira
a janela que não abre
somente a lama fazendo gula
na barriga
da vida
da vida desde a barriga
não nasceu, um pulo
na lavoura dos outros, cuspe
lingua, merda,
o verde na ciranda da mesa,
e o tempo, varejeira que pica, e desfaz
a propria vida,
mergulho, tânato, piscina, vento
o mergulho
a águia
enfiando tudo
na planicia aquosa
embaixo é terra
é o suburbio da vida
cuspe,
catarrada á beira do
abismo,
facho fogo varrendo
as veias da terra,
nada há de falso
com sua passagem, o fogo
a fazer mundos, mas antes
da casa pronta, a destruição,
porque a tragédia espreita
cada janela dessa rua carcomida
go
corpo
nojo
azedo
cisco de luz
á beira da noite
que zune como
esse edifícil de ladrinho
zorro
fruto,
grupo
guru
põe no rabo
dessa
e daquela
e desse,
dois olhos
labutando nesse fim
de noite, batuque de dedos
tambor
que intelige o fino do groso
e outras mansas praias
torna a casa, casa, de
janelas
onde outros rosto
ja passaram, uma quase
me matou de amor
outra
ainda me cospe
quando lembro
giro
por dentro
de por fora,
na ripa da memória
que como um sorteio
nasce ela, ela , aquela
de corpo, de boca
lingua acidulada
na minha virilha, quantas
horas perdidas
e barriga
cheia e vazia, nada
toda
casa gira
com suas familias
que nada mais
é que pedaços
carne enfileira nas portarias
das mágoas, vim de longe
saltei o rio, no entanto
que encontrei, nada
somente o rosto que eu já tinha,
e eu
que já quis
e quero
talvez eu seja
esse poeta que se ajoelha
de frente ao espelho, e vejo
muitos de mim, outros como
um puta no cio, me ame, me condene
em deseja, fosso, grosso
geni na pele do fosso
dança, geni, mostra os peitos
grandes, negros
dois segredos cheios de leite,
virando a direita, uma escada
que chega noutro
andar, de rostos palidos
vendidos a preço de banana
mas é o feijão que conta asneira de madrugada
onde estrelas
se juntam e come rapariga no cio
desce, encosta, pois o tempo é
uma laje sem dono, varejeira na carne
da praça da feiras, corrida de meninos
no asfalto, preto, duro,
fuligem solta do escapamento das
gengivas, ornadas com ouvidos
de luas, que
são esses anos, carregados de meses
de desejo, de meninhas filhas de papai
que come do bom
e do melhor, mas esse canto que vem
longe,
que entre meus dedos
minhas pele,
quanta verdade
existe nesse poço,
sem fundo, mas no fundo
é do um fundo de nada mesmo
que dança na bicicleta
que nasce da flor que fura
as galerias desse canto de silencio
e perfume,
semente no gosto de moça
que paira
na janela que se abre
e muitos olhos
se desaloja, buscando sabe-se lá o que
esse que de muitas frases que sai de toda
boca, inclusive dessa que na ponta do
meu dedo
come as letras do limbo
e as estica no papel
cu, teu cu
teu cu
mesmo no
rosto desse veneno
que vai e vem
como se a vida fosse vento
comi o pão
que donzela amassou
virgem de mãos molhadas
e boca virada
para a janela
e eu grito um giro
no ouvido do mundo;
tive
tenho,
ouço do ouvido do móvel
que guarda
panelas o múrmurio de vento
ensopada,
quem pos na
pele dessa parede teu rosto
feito de agonia
não foi eu, nem a porta
ou o soldado, nem a virilha
desse tormento,
levar pra cima
uma vida perdida
levar pra cima, uma vida de cisma
não é com colher
ou com a foice que se corta
o medo,
que esteve também nos olhos
de dona etelvina quando
na tarde quente daqueles
dias,
viu a queda de uma utopia
silencio,
pois a passagem da morte é a todo instante
em algum
lutar a morte planta sua pata
na planta, na cidade
no campo,
ela se farta dessa imensidade,
mas aqui
nesse ponto
onde eu escrevo carregado de dor
e de medo,
é a vida que se espicha nos meus dedos
lucidamente
louco, aqui, no tronco
que hora foi floresta
agora imaginação
que sustenta, uma amanhecer
vertiginoso, vaginas silenciosa
numa cama
rola, pica, caralho na pele
da mentira,
minima verdade
escondida
que é um tocha
no boca que come, invez
de vomitar palavras,
mal dormida, clitoris
no cimento da cama
virtua plebe, camaradagem
é o que falta nesse mundo
voo
na tábua
da vontade, essa
que no corpo soube
da queda, entretanto
do sufoco fez asas,
grade arbusto do silencio
garra
margem, esgarço
braçada,
vento, ar em movimento
trajeto, luto, fusco, gozo
em estado bruto, sinuca
de bico nesse intervalo do
grito, mar, marejar, maré
sinfônica de carbono no
vômito da tarde
go
corpo
nojo
azedo
cisco de luz
á beira da noite
que zune como
esse edifícil de ladrinho
zorro
fruto,
grupo
guru
põe no rabo
dessa
e daquela
e desse,
dois olhos
labutando nesse fim
de noite, batuque de dedos
tambor
que intelige o fino do groso
e outras mansas praias
torna a casa, casa, de
janelas
onde outros rosto
ja passaram, uma quase
me matou de amor
outra
ainda me cospe
quando lembro
giro
por dentro
de por fora,
na ripa da memória
que como um sorteio
nasce ela, ela , aquela
de corpo, de boca
lingua acidulada
na minha virilha, quantas
horas perdidas
e barriga
cheia e vazia, nada
toda
casa gira
com suas familias
que nada mais
é que pedaços
carne enfileira nas portarias
das mágoas, vim de longe
saltei o rio, no entanto
que encontrei, nada
somente o rosto que eu já tinha,
e eu
que já quis
e quero
talvez eu seja
esse poeta que se ajoelha
de frente ao espelho, e vejo
muitos de mim, outros como
um puta no cio, me ame, me condene
em deseja, fosso, grosso
geni na pele do fosso
dança, geni, mostra os peitos
grandes, negros
dois segredos cheios de leite,
virando a direita, uma escada
que chega noutro
andar, de rostos palidos
vendidos a preço de banana
mas é o feijão que conta asneira de madrugada
onde estrelas
se juntam e come rapariga no cio
desce, encosta, pois o tempo é
uma laje sem dono, varejeira na carne
da praça da feiras, corrida de meninos
no asfalto, preto, duro,
fuligem solta do escapamento das
gengivas, ornadas com ouvidos
de luas, que
são esses anos, carregados de meses
de desejo, de meninhas filhas de papai
que come do bom
e do melhor, mas esse canto que vem
longe,
que entre meus dedos
minhas pele,
quanta verdade
existe nesse poço,
sem fundo, mas no fundo
é do um fundo de nada mesmo
que dança na bicicleta
que nasce da flor que fura
as galerias desse canto de silencio
e perfume,
semente no gosto de moça
que paira
na janela que se abre
e muitos olhos
se desaloja, buscando sabe-se lá o que
esse que de muitas frases que sai de toda
boca, inclusive dessa que na ponta do
meu dedo
come as letras do limbo
e as estica no papel
saltei no rosto das algibeiras
dez notas
que deram pela janela
mas eu não sabia que era
facil saber do s
bate no reino dessa
pele
que nasce dentro de casa
do assoalho, onde desde
criança pisei, que meu pai pisou
e fez
minha mãe pisar num grito
de horror,
quanta coisa
se fez sem sentido, somente
para não sentir
o furo da coisa
bem feita,
mas a coisa bem feita
tem rabo de argola
nas trombadas que nos enforca
o voo
o voo
ovo
o vo
o v o
plus size
corpo na asa
do ser,
ce
l
so berba
no dia
noite
na catarata
do olhos,
que fura
o gozo de agonia e verdade
tempo sol
no corpo das coisas
luz acesa no meio
da tarde, onde anda?
guarda-se da cusparada
jogo insano no rebento
das águas, palmeiras, caldo
de soco no coração da passagem
vai, pois o rio é eterno
limpa-se
de outros partos, fuga, silencio
savana,
oléo na agua
mistura infundada,
poste aceso á beira
do caminho, voo voo, pasto
verde na vertigem da pele,
sanfria á beira desse encontro
do céu e da terra
no baixo
ventre, luas
acendem
a noite
que nos corpo crava
seu medo, anzol de letra
quero pescar um poema
quero saber qual é
o esquema
dessa moça
que ama,
que soube dizer
a hora certa da comida
da jogada feita nas alturas
dos umbigos, mas sou
esse escreve, e bonito
mas do que sei, porque
aprendi a vomitar nas
praças publicas, escondido
sob as picaretas dos invasores,
peito
e cago,
pra certos ares,
mas tenho medo de morrer
de amar,
ainda mais de crescer,
porque sou devagar com
água rasa, gosto de peixe
que funda água
ferve sua guelra, já amei
uma vez, ja amei duas vezes
nunca
talvez nunca
soube pesar farelos na balança
de palavras, sou esguio, mas
num esforço de quebrar a canela
por isso
essa tarde é comovente aos
beijos
desse poeta, que soletra a vida
com seus medos e raivas, mas
que sabe enfrentar os pombais
das escadas
cisco
ao vento
nao houve cinema
nessa gruta
escura, não houve
quem narrasse o tédio
de tua noite, mas teve
alguém que
esteve e dentro desse
veio de luz
lançou poderes barcantes
nas
trevosas caras
que
que
qual a proxima lingua
que liga uma coisa
na hora,
espaço
trotes, lingua quente
no cu dessa gente
que late o mundo
como se fosse pedra,
o que salva é esse rago
feito com as maõs de
quem ama, pelas mãos
soube saber o que era
verdade nesse vale de sombras
do fundo, a luz dispersada
e essa janela
que parece porta mostrando
como uma mulher de perna
aberta, o clarão que vem de
fora, tanta coisa se guarda
lá fora, a sala, a cozinha,
uma casa, segura, dentro
dessa vida que compreende
a janela e a rua, roupa no varal
recebendo o vento mais vento
que foi vento na árvores que
ainda balança, como essa cortina
da sala, feita por alguem de muita
paciencia, pois tudo tem seu tempo
inclusive, o tempo de nao ser nada
o prego, a madeira,
dois tempos que lateja
ao toque do olho forjado
na feitiçaria do martelo,
e a moça, tanta moça, cada
uma com seu novelo de medo,
de algumas herdei esse
travo na língua, azedisse
de uma deseja mais que honesto,
quantas vezes pingando sangue
entre os dentes, e me escondendo
entre as touceiras de vozes
que gritava girando como
uma louca no ventre da cabeça..
quanto sonho
se perde, quanta verdade
não percebe, dentro
desse que escreve, 42 anos
mal vivido, mais dor que libido
mais cratera que montanha,
e um rio mangas podres
descendo pelas camadas
entupidas, se fosse rápido
como um trovão, mas não
é, tudo é lento nessa fase
do bastião, vasta, vasto é tudo
que vejo, do ceu enterno a
esse percevejo, que na
noite bruta da minha pele
tira seu pao, pao não, sangue,
como esse que pinga do coração
quebrar um mundo
falso não é como quebrar
um copo, que atiramos e
tudo estilhaçalha num unico soco,
a mundo falso, ao contrario
do copo quebrado, é utilo
foi usado nem estilo dentro
das coisas, mas nada isso importata
quando pensamento que o tempo
arrasta tudo e nos deixa nu,
envergonhado de tanta sujeira,
a coisa viva, grita estica, nao morre,
mas lateja ao seus caprichos,
porque o tempo não faz acorda
passa, e a propria passsagem é
seu zumbido
gozo de luz
na pele
da manhã, duro é
o canto que não cede,
o muro que não cai
a rede que não desalinha
o sol, o mar
essa praia que leva meus pés
e sustenta minhas vistas, daqui
posso ver o horizonte, nos convidando
para a morte,
e morro gradativamente
nesse por vir de fingimento, amar
gostar, dar, ser, palavras sem rumo
no pendor dessas pedras, que,
pesadas, carrego no lombo, e dele
escorre veneno, e um cardume de
angustia povoa as entranhas desse
profundo
mas arder
somente arder
sem andar por entre os desgraus
de novo rumo,
indolência, cuspida no ventre
das preguiça, amar, ou ser outro
na catedral dessa dor,
reino inverso
desse que busco, armadilha
que prende mais que alimenta.
discursos, ideias, coro
de vozes,
vozes do fundo
bem fundo
mais fundo
que esse fundo
que condeno, solitária
fortaleza de veneno, o tempo
esse que me carrega, também
de atravesa com sua faca
de dormir, por enquanto faço
o mesmo que ja fazia, pois o
mundo mesmo acabando, esse
que escreve continua sendo
humando
no entanto, gato escaldado
não sai de casa,
salvo quando a fome lhe come
o ventre, tv, anos deitado nessa
masmorra sem vontade,
pus,
tristeza,
volta, revolta, cada macaco no
seu galho, mercado, gozo, eu gozo
nessas lembranças que jaz no escombro.
vem e vai,
luz, cardume de miserável
tanto em cima
quanto em baixo
camadas
que não se muda, mas
a faca do retalho, bus, carro
trem, imundo é essa cara
que se poe nesse espelho
a essa hora da madrugada,
mas desde quando cara feia
de ordem, ou seja, não se
fala nada desse vida de retalho,
tronco, o vosso tronco
o tronco,
que
toco
o rio
raiz no fim das travessas
corropio
fissura
no corpo
desejo, sinal de silencio
no corpo dessa caverna,
carvão
fogo
fumaça,
quebradeira geral
nesse vale todo escuro
luz
que sobe
e toma
conta do alto e do baixo
fogo, grito, destemida
criança aturdida proximo
ao paraiso, fosso, louco, dorso
alegre é a estrada que percorremos
sem o peso das trevas, livre
desempedida, vulva solta e alegre
esquenta
o tempo nas
cavernas do corpo
grito, aturdido, explenica
respiração,
na toca do rato
quem essa moça
que me ponho de quatro
como um animal faminto
desejo, pulso, lacre, fussa
na cara da vida, coragem meu
irmão, pois esse caminho é dos
forte, que se ergue ao toque dos
machado, porque esse reino
de gole e espada, afunda e se
torna trono no gozo dos andaimes
queria tanto
o seu amor, moça
bonita, queria falar
coisas bonitas,
quase
me entreguei nesse
vale de mármore, assumo
aqui
a outra fase, a de
me saber
e de me não saber
coisas que pouco sabem
por isso
deito na praça e me molho
todo de cachaça e mordo
gengibre e aguento o tempo
que mordifica, poque não sou
o marido perfeito, sou atrio e sentinela
nesse vale de trevas
sonhando o rio
que entre os homens
não fala,somente grita
pelo silêncio, balde de
agonia adentrando do ventre,
a lembrança, pisa, chicoteia
o corpo de quem anda, mas
não pare, não se dê ao fermento
dos anos, porque dali, mesmo
assado, não mata a nossa fome,
porque o que se come desse
presente, esse agora que nos
vem por dentro, pulso de luz
no trovão da carne, acidulante
corpo
pele
dente
ventre
ciudad
del
leste
que se apossa
como um gemido de verme
sifilis
tormento,
surra, barriga
verme
na contra pele
do misterios
e ainda aquela bocetinha
me cavando as lenhas
do ser
vou do centro
á periferia, cuspindo
fogo pela barriga,
tosse, brasa, aperto
jogo, tacada de formicida
bruto, escoras, rompimento
descida, loucura incenciárias
nos limites da vida, dança, pula,
o cântico dessa varíola, fumaça
que sai do fundo, lá do fundo,
à escondidas, escadas atravessadas
no rosto do abismo, forno, fornalha,
carrocel que enforca
orca, mar azul na pele
de teu cu, silêncio, semente
agitando no fundo da gente
faca, corte, carne, sangue
descendo nas paredes do ventre
come seu osso
matinal, durante
muito tempo não
soube de ti, labarena
do
acende
mais acende
a abrasa dor,
fauno lento
na cadencia do tempo
mar marejando
os bosques escondidos
piralampos,
vaga lumes
disperção do preço alto
a leveza insinua
nesse vale perdido
o silenciosa luz
toca flauta
e
meu coração acorda
no frenesi
dos mortos.
minha alma imortal
cumpre a sua jura
seja sol estival
ou noite impura
onde fiquei
onde
que
mar calmo
e arenoso
estar louco
sem eira nem
beira,
batendo o martelo
a esmo nesse mormaço
de palavras, o vago sertão
sertão, tão desesperada
é essa vida que golpeia,
passaro no olho do tempo
silencio grave cortando
os acontecimentos, mais
não é mais medo, é degredo
encontrado, tropeçando,
querendo voltar, mas acordado
ja se encontra a pedra que é
pedra e nem liga para o que
falam delas, sortimentos do
labirinto iluminado, gosto
de manga e azeite no pão
nesse devaneio, rostos lentamente
indo ao encontro de outras
cabeça, o novelo é de luz fermentada
na casa mais bonita da praça,
de paredes brancas, bem feitas
emoção volumoso
fundo aquoso
denso, formoso
é preciso ter
pau
nessas horas de onerosas,
vargem molhada
chuva
buscas incansáveis
pelas prateleiras
dos homens
folhagem
nos ossos dessa
masmorra,
vulto encarnado
agonia
desespero
pote de pus na calada do medo
força, homens
mas de outro jeito
e esse corpo que
já não respira como antes
dormencia instalada, mil
desejos grigando pripazia,
todos eles engodo que engrandece
á beiras do mar aberto. pulseira
a sempre bela pulseira, criei-a
para o meu palandar de viludo
desço com ela aos vários submundos
lajeja preguiça e solidão a essa
hora das coisas, vales, vales
valeu cada centava gasto nesse
intervalo da morte, pulso na
pulseira, rola entorta, aperta,
solta, jogo que esporra sono
nos gradis desses ponto
vazio lento lento fausto
plastico, veneno doce armando
o vento,
e eu aqui matutando outra vida
outro sono onde a vida se se sinta
vida, ladrilhos correndo os ouvidos
cacos de pedregulhos melando o pensamento
basta deixar que as coisas são
feliz aquele que dessas
coisas abriram mão...
vazo vazo pote
de água no canto da sala, no fundo
o limo não limpo, o limbo da água
que todos bebemos na sede dos anos.
lembra daquela dona
que disse nalgum outro
lado? corroeu-me por dentro,
mas não sou de queixar, dela
destilo versos, versos que se enfia
em todo lugar, verso barão, versos
que conhece o tempo e a solidão,
jangada esquecida
nos trovoes do mar,
amigos
ja estou chegando
trago um poema inteiro e leremos
durante nossa morte, ninguem morrerpa
no escuro nesse raio de lugar.
poeira, poeira, cosmo
nadando sobre nossas ideias,
vai, lembrança, pouse
na tua casa, disseste que sabe
acender fogo, que sabe passar
o tempo quando amassado pelos
trovoes, valsa linda bela
valsa
que me dança
valsa que sabe sem fala
a dança que vem e que me
vem num vai e vem
onde anda
onde esta
agora
tiro na pele do figado
se
és meu amigo,
come essas letras comigo.
não me afogo
nao me afogo
porque sou fogo
derramo água pelas
labaredas
sou fornado no fogo
na areia feita de fogo
no vale feito de fogo
no reinado do Deus fogo
fogo
que queima a quimera
dolente, o riso frouxe das
horas vãs, valsamos
o balsamo de uma luz
que aquce.
de onde venho
e o que
me torno conforme ando
meu rosto, de muitos ainda
é um estranho, fermento no
arredores, tormenta quieta
na lassidão
desses dias,
tão macio é tua linguagem
de avelan, rio calmo, solidão
se divertido, perguntaria, até
onde teu riso basta, valho mais
que esse lugar de minério, mais
que esse andar enferrujando,
sou do tipo que gosta do sol
e da alegria infantil, reino da
vida, inteira vida, meu coração
faz prece ao teu ventre, varios
nomes já te dei, no entanto o
teu vasto sonho me detem a
meio passo de tuas árvores,
abra-te
oh! vida
eterna
abraça-me noite
abraa
vale escuro e terra clara
monstro claro
azul leite catedral na tarde
infante,
go