No seu tempo
 
Parecia estático na postura aflita
Interagia com o ambiente nu e vago
No olhar quebrado da alma dispersa
Em plena dúvida de um lamento casual
 
Em sua volta giravam fatos e papos inúteis
Antes buscava as cores da tristeza
Com os olhos rasos em lágrimas
Na parte solidária e entre escalas
 
Ao seu lado pousava a angústia
Que estilizava em maneiras bruscas
Seu jeito tenso de pensar
Exibia gesto grifado pela vida afora
 
Um raio de sol ponteia na janela livre
E marca em seu rosto mistérios
A luz do sol amplia e o tempo se põe
O homem parecia menos tenso
 
Com uma fisionomia submersa
Na concepção atual do fato
Que marca seu rosto na dúvida
Ele vive na fragilidade do ser hoje
 
Segue no itinerário dos sonhos reais
No exílio sagrado de novas ideias
Que quis cingir o materno vulto
Da obra feita no tempo do seu sonho




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 05/09/2016
Reeditado em 07/09/2016
Código do texto: T5751405
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