Na gaveta
Em vagas horas
Em que o silêncio se estende
Vagueia redondo o pensamento
Perdido por entre os espaços da mente.
Nuamente na orfandade latente
Perdem-se ideias, sentir que mente,
Seguem correntes e brisas modistas
Sem conteúdo, apenas comodistas
Cópias, ideias curtamente repetidas
Ideias sombrias e sujas, escorregadias
Politicamente e socialmente aceitáveis
Mornas, travestidas de conceitos morais
Ideias em versos tristes, sem apoios sociais!
Em vagas horas
Em que silêncio se estende
Escrevo e escondo
Pensamento redondo
Que me liberta a alma,
Ao pó, na escuridão da gaveta,
Poesia escrita a tinta preta,
Tantas vezes tingida de sangue!
Alberto Cuddel®
In: Palavras que circulam - I
Em vagas horas
Em que o silêncio se estende
Vagueia redondo o pensamento
Perdido por entre os espaços da mente.
Nuamente na orfandade latente
Perdem-se ideias, sentir que mente,
Seguem correntes e brisas modistas
Sem conteúdo, apenas comodistas
Cópias, ideias curtamente repetidas
Ideias sombrias e sujas, escorregadias
Politicamente e socialmente aceitáveis
Mornas, travestidas de conceitos morais
Ideias em versos tristes, sem apoios sociais!
Em vagas horas
Em que silêncio se estende
Escrevo e escondo
Pensamento redondo
Que me liberta a alma,
Ao pó, na escuridão da gaveta,
Poesia escrita a tinta preta,
Tantas vezes tingida de sangue!
Alberto Cuddel®
In: Palavras que circulam - I