Não há pecado ao sul do Equador

Um muro, a prudência.

Uma dor que o peito abriga e abrasa.

Cai a noite, Apollo não se posta em casa

Lá fora é tu quem reinas, fria.

Uma vontade, que imprudência!

Súbitos e louros calores noturnos,

Olhos intangíveis de mar soturno.

Aqui dentro é Vênus quem me castiga.

“Está vivo?! Ah sim, certamente!”

“Nunca vi esse padrão num português!”

“Picos de ocitocina, mas que demente!”

...Acorda brutalmente

Está, ao que parece, a se deitar

Dizem que sobre outro peito,

Dizem para eu parar de pensar...

Itinga
Enviado por Itinga em 04/09/2016
Código do texto: T5750478
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