NEM DE MAIS, NEM DE MENOS...

Nem de mais, nem de menos...

(Leandro Alves Pestana)

De repente a gente sente

Que alguém não está mais perto

E esse alguém que a gente ama

De repente faz uma falta

De repente a gente entende

Que nada é para sempre

E enquanto ainda há tempo

Dá valor ao cotidiano

E para de fazer tempestades

Com tão pouca coisa

De reclamar disso ou daquilo

E vê mais graça naquilo que vem de graça

Na ajuda inesperada

Na presença que eu não contava

Na indagação de um "como vai"

De repente a gente vê o belo

Onde ele sempre esteve

De repente a visão, até então embaçada

Clareia a ponto de você perceber

Como um elogio faz falta

Principalmente com àqueles que estão no seu convívio diário

De repente Deus sopra aquele cisco em seu olho

E a lágrima camuflada vai embora

E a vida toma um novo sentido

Enquanto isso, estou aqui na torcida

Para que pessoas boas estejam bem pertinho de você

De repente você me ensina a ser tão bom para você

Como você já é para mim, nem de mais, nem de menos, apenas, o essencial

E saiba que o essencial é a sua existência!