916 Sina de Amantes Condenados
Sina de Amantes Condenados
Um dos momentos mais bonitos é quando pela manhã a Lua prateada branca pode olhar o Sol amarelo à distância.
Os dois amantes condenados jogam beijos um para o outro.
Esquecem-se de seus amásios , ele a Terra e a Montanha e ela o Mar e o Vale.
Por breve tempo lembram-se do que são: Eternos Amantes Condenados.
Ele se torna intenso e dourado e ela esvaece-se na profundidade do azul celeste.
Percorrem o mesmo caminho e nunca se encontram.
Se veem pela manhã para não se esquecerem de sua sina.
Ele volta a cortejar a Terra e a Montanha dando-nos vida.
Ela retornará para tocar de leve o Mar e o Vale dando-nos o sono.
Nardo Leo Lisbôa
Barbacena, 01/01/2001
Caderno: Poesia Efervescente