O Porre
O telhado...
Esta rachada...
E uma gota...
Pinga no chão...
Pinga no copo...
Pinga no coração...
Tentando ouvir uma música...
As estações estão fora do ar...
O ar está frio, congela um arrepio...
Quero que o ser veja...
No copo sobre a mesa...
Um copo de cerveja...
E nada do frio passar...
O escuro toma sua posição...
O botão esta longe...
Acender o que esta apagada...
Vem botão...!
Vem botão...!
Mas o botão não vem...!
A rosa esta com os botões...
Os botões estão nas mãos dos homens...
Um aperto e tudo vai acender...
Todos vão compadecer...
Quando o botão vencer...
Os sapatos embaixo da mesa...
Amarrados eles estão...
Num laço, e num nó...
Desamarrar, estar livre...
Para andar com os próprios pés...
No chão, é como estar com os arreios nas mãos...
E seguir para outro lugar...
A cadeira não está macia...
O encosto esta solto...
Cair de costas no chão...
Os braços não deixam...
Eles se golpeiam...
Na própria salvação...
O peso do corpo...
O peso do encosto...
O peso do pensamento bate no chão...
E o que esta certa...
Esta na orelha, e consentir...
Mas a vontade esta no coração...
Guardado, pois negar á si...
É a melhor solução...
Para que o tombo...
Seja só para si...
E o medo de errar...
E deixar...
Eu vinha...
Eu vinho...
Eu bebo...
E desapareço...
Eu quero...
Mas não tento...
A fuga é...
A presença desce...
E o vinho sobe...
Se erguer num esforço...
Os braços estão fracos...
A semente está sobre o chão...
E a certeza de que nada vai crescer...
Cambaleando e quase caindo...
Deitar o corpo é preciso...
Numa cama...
Porque o chão é conhecido...
Deitado...
O espirito gira...
O pensamento para...
E o sono vem...
Os olhos se fecham...
E. as palavras também...........