que sou mortal

sou, mas o que sou deixo

para os hermeneutas, por que

me cansa fazer perguntas indiscretas,

me basta o tormento do cair da noite,

todos os dias a mesma canção funesta,

os ladrilhos trincam ao excesso de

imagens, e cada uma cumpre bem

a sua sina: fala da vida ou das mentiras,

ainda ontem soube que sou mortal, outra

me falava do meu fingimento, rebebo

e não as coloco sob o tapete, dou lhe

nome, algumas , um documento,

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 03/09/2016
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