NÃO ESTAVAS
NÃO ESTAVAS
Hoje não estavas
Sentado naquele mesmo banco
Com o livro entre as mãos
A praça me pareceu triste
As pombas sabe-se lá por que
Não arrulhavam
Os bem-te-vis não se viam
O silêncio não fazia barulho
A igreja estava de portas cerradas
Não era noite mas parecia
Que tudo estava escuro
No mínimo cinza
Mesmo que o céu estivesse azul
O banco não estava marcado
Estava só pó
Que talvez fosse o teu
Que Deus te deu
E agora logo estará voando
Lendo outros livros
Lavando a alma
E molhando meus olhos
Que já não te vislumbram
Mas sentem teu brilho
Que jamais se apagará