VERGONHA

VERGONHA

Por onde andará a vergonha

Onde estará escondida

Será que está

Definitivamente perdida

Não será mais vermelha?

Será multicolorida?

Ou descolorida?

Ou de mãos dadas

Com a mentira

Que vira verdade

A cada mantra

A cada palavra

A cada oração

E joga por terra

A sempre esperada

Ressurreição

Dos costumes

E da retidão

Adeus esperança

De dias melhores

Os piores

São vencedores

Em todas as etapas

Aos demais sobram tapas

Nas caras

Repletas de escaras

Do dormir em berço esplêndido

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/09/2016
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