Prosas de um barqueiro
Se navegar é preciso,
não sei como é,
Um barco e um remo liso,
não se arreda o pé,
Por rios pequenos e tortos,
vou cá com meus botões,
deixo pra trás momentos mortos,
no pensamento meus bordões,
Vários desafios a enfrentar,
A sede, a fome, o cansaço,
se na cheia, seca ou ao resfriar,
Nas noites fico um bagaço,
O sentir do vento,
Descansar á sombra fria,
Dormir ao relento,
Barriga vazia,
Um barco,
muita disposição,
na vida um marco
Desfrutar de uma paixão.
(homenagem a um amigo, Edcarlos, que ama seu barco e vive navegando pelos rios do Acre)