Prosas de um barqueiro

Se navegar é preciso,

não sei como é,

Um barco e um remo liso,

não se arreda o pé,

Por rios pequenos e tortos,

vou cá com meus botões,

deixo pra trás momentos mortos,

no pensamento meus bordões,

Vários desafios a enfrentar,

A sede, a fome, o cansaço,

se na cheia, seca ou ao resfriar,

Nas noites fico um bagaço,

O sentir do vento,

Descansar á sombra fria,

Dormir ao relento,

Barriga vazia,

Um barco,

muita disposição,

na vida um marco

Desfrutar de uma paixão.

(homenagem a um amigo, Edcarlos, que ama seu barco e vive navegando pelos rios do Acre)

Beto Lisboa
Enviado por Beto Lisboa em 01/09/2016
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