LUAR DE SÃO MIGUEL
À noite surges assim de repente
Vens tão bela e majestosa
Embora longe, vejo-te presente.
Toma-me em teus braços oh lua airosa
II
Do terraço da moradia dos Ponteiros
Ofuscado pela luz irradiada
Suaves assobios zombeteiros
Ouço melancólico na madrugada
III
Agora de mim já tão distante
No alto do céu iluminado
Perdido estou aqui neste mirante
Com voz embargada fico calado
IV
Areia branca, mar desondulado
Pedaço de mim sepultado
Desejo incontido de aqui ficar
E de nunca... nunca mais te deixar